As mudanças virão
Por entre as chamas do tempo
As mudanças virão
A carne a atravessar a lâmina
Há um novo veneno
Em tua poção
As mudanças virão
O sol pôr-se-á ao meio-dia
Engolindo o monte
Cicatrizando a terra
Há um novo veneno
Em teu coração
As mudanças virão
O desejo agora devora a mente
As mudanças virão
Ao soar dos sinos da torre
Há um novo cadáver
Em teu porão
As mudanças virão
Ao ranger do trovão
E ele que agora voa
Vai consumir-te em inexorável perdão
Há um novo ídolo
Em tua alucinação
E a mulher de tuas noites profundas
Conhece, também, tuas mãos
E ao beijar-te, sussurra
"As mudanças virão!"
Há uma nova navalha
Em tuas mãos
E as óperas do destino
Agora se enegrecerão
E as fúrias anunciaram
Que as mudanças virão
Que as mudanças virão
Que as mudanças virão
Que as mudanças virão
Que as mudanças virão